A um jovem Poeta

Você, que ainda é puro e sabe o quão fundamental é ela para a sua aventura de poeta, fica irado contra os outros, ao sentir que a sua presente agressividade é fruto de um complexo de culpa. É você, não os outros, quem está em crise. E se os outros também o estiverem, razão a mais para você afirmar-se em sua luta, que é a luta de todo poeta, para ajudá-lo a sair dela. Pois você não auxiliará ninguém, muito menos a si mesmo, se seu coração não estiver limpo de ressentimento e sua luta contra "o outro" não for constante. "O outro", não preciso dizer, é você próprio. É o súcubo que, todos, temos dentro de nós; o ser calhorda, comprável com a moeda da mentira e da lisonja, que de repente adota a gratuidade como norma, por isso que a paixão é mais insaciável que o infinito aberto em cima. E a paixão não se vende nunca.
Cada poeta é uma coisa em si, mas todos os poetas devem o mesmo à Poesia: a própria vida. Há, o poeta, que queimar-se e causar sempre mal-estar aos que não se queimam. Há que ser o grande ferido, o grande inconformado, o grande pródigo. Há que viver em pranto por dentro e por fora, de alegria ou de sofrimento, e nunca dizer "não" a ninguém, nem mesmo àqueles que optaram pelo não chorar.
Você meu caro Jovem Poeta, que foi dotado de talento e de beleza, não tem o direito de negar-se ao seu martírio. Só ele pode tornar a sua poesia emocionante. Só ele pode salvá-lo do formalismo em que caem os que se recusam a estar sempre despertos. É preciso que todos vejam a luz que seu coração transverbera, mesmo coberto por bons panos. Não negue o seu olhar de poeta aos homens que precisam dele, mesmo tendo o pudor de confessá-lo. Abra a sua camisa e saia para o grande encontro.
Vinicius de Moraes

quinta-feira, 8 de março de 2012

Cantar Mulheres

Quando levantei hoje parecia mais uma quinta feira normal, como qualquer outra. As mulheres que me perdoem mais fui só lembrar de vocês quando liguei o computador e me dei conta de que dia era hoje! Assim sendo, para que não me torne mais indelicado vou cantar a vós com Chico Buarque.

Ai você me pergunta por que ele e não outro...Poderia ser um Roberto Carlos, jogando as suas rosas ou até mesmo um Vando, em troca de calcinhas. kkkk. Emfim cada um escolhe o seu, cantar mulheres não é pra todo mundo!
Por que não cantar a dura e frágil vida das Mulheres de Atenas que até questão de Vestibular virou!
Por que não cantar a doce Aventura de João e Maria com um alazão que canta inglês!
E quem não se lembra da Prostituta de Folhetim.
E os sambas de carnaval procurando a mais bonita das cabrochas dessa ala.

Vou parar por aqui por que a lista é imensa. deixando a minha favorita! até hoje fico pensando se não sou meramente mais um personagem efêmero da trama dessas mulheres que eu tanto amo!






quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Aos poetas meus Parabéns

Hoje, 20 de outubro, é o Dia do Poeta. O poeta é um artífice que faz da poesia a sua arte e do poema a sua obra. Profissional que tem a singular capacidade de perceber o mundo a sua volta e colocá-lo em uma folha de papel, trazendo à tona os mais íntimos sentimentos, compartilhando-os com seus leitores e tornando-os mais humanos.

Por meio de seus versos e poesias, nos permite viver momentos de alegria, fantasias, reflexões e sonhos, transformando a realidade ou, até mesmo, levando-nos a ela. Assim, o poeta pode ser tanto um sonhador, como um realista, capaz de manusear as palavras com maestria e perfeição. Para comemorar vejamos o poema de Olavo Bilac, expoente do movimento parnasianista em que louva seu ofício de escritor!



Profissão de fé

Invejo o ourives quando escrevo:
Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto relevo
Faz de uma flor.

Imito-o. E, pois, nem de Carrara
A pedra firo:
O alvo cristal, a pedra rara,
O ônix prefiro.

Por isso, corre, por servir-me,
Sobre o papel
A pena, como em prata firme
Corre o cinzel.

Corre; desenha, enfeita a imagem,
A idéia veste:
Cinge-lhe ao corpo a ampla roupagem
Azul-celeste.

Torce, aprimora, alteia, lima
A frase; e, enfim,
No verso de ouro engasta a rima,
Como um rubim.

Quero que a estrofe cristalina,
Dobrada ao jeito
Do ourives, saia da oficina
Sem um defeito:

E que o lavor do verso, acaso,
Por tão subtil,
Possa o lavor lembrar de um vaso
De Becerril.

E horas sem conto passo, mudo,
O olhar atento,
A trabalhar, longe de tudo
O pensamento.

Porque o escrever - tanta perícia,
Tanta requer,
Que oficio tal... nem há notícia
De outro qualquer.

Assim procedo. Minha pena
Segue esta norma,
Por 
te servir, Deusa serena,
Serena Forma!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O retorno do Jovem Príncipe


O livro O Retorno do Jovem Príncipe é uma obra de ficção que fala da visita de um célebre príncipe à Terra em sua adolescência. Com visão humanista e espiritual sobre o mundo, seus habitantes e os valores básicos que os sustentam, o poeta argentino A. G. Roemmers faz um tributo sutil ao personagem que há décadas encanta gerações.


Best-seller na Argentina, o lançamento está sendo também publicado em mais de 15 países.Ao viajar sozinho no vazio da Patagônia, um homem maduro encontra um adolescente desacordado e o socorre. Quando o rapaz acorda, o homem percebe que não se trata de um jovem qualquer, mas de um famoso príncipe que cresceu e resolveu revisitar o planeta Terra.

Os dois viajantes embarcam num diálogo denso que aborda as grandes questões existenciais. Assim, a viagem de carro se transforma em uma autêntica trajetória espiritual, que abrange a transição da inocência à maturidade, do cotidiano ao transcendente e da tristeza à alegria.

Roemmers retoma no livro discussões éticas sobre a experiência humana e aborda temas ainda cruciais à humanidade, como guerras, crises econômicas, fome e consumismo. "Durante o percurso da viagem fictícia, o Jovem Príncipe pergunta se há muitos caminhos no planeta Terra e se não ocorre aos homens procurar no céu a orientação. Sempre há problemas e os caminhos para superá-los", afirma o autor, também influenciado pelo personagem em sua infância.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

IV FORMISE – FORMAÇÃO MISSIONÁRIA PARA SEMINARISTAS DO NORDESTE

A Formação Missionária para Seminaristas realizou-se no seminário diocesano São João Maria Vianney em Campina Grande – PB e contou com a presença de seminaristas de todo o Nordeste. Estavam presentes representantes das arquidioceses de Alagoas, Fortaleza, Maceió Natal, Paraíba, Salvador, Teresina e das dioceses de Bacabal, Balsas, Brejo, Cajazeiras, Campina Grande, Coroatá, Feira de Santana, Garanhuns, Guarabira, Imperatriz, Ilhéus, Itapipoca, Irecês, Pinheiro, Própriá, Viana, Vitória da Conquista entre outras. Ao todo 89 seminaristas sendo 10 do regional NE 5.
O IV FORMISE teve como assessores: Padre André Luiz Negreiro, (Arq. de Teresina) Secretário Nacional da Obra da Infância e Adolescência Missionária; Padre Savio Corinaldesi, SX, Secretário Nacional da Obra de São Pedro Apóstolo e da Pontifícia União Missionária; Padre Dalmo Radimack da Silva (Arq. da Paraíba) e Padre André Vital, SCJ. E a presença dos padres Natal (do PIME), Pe. Cristiano (Dioc. de Floresta – PE, Missionário na Amazônia) e Padre Rafhael (Arq. de Fortaleza) Reitor do seminário de Filosofia.
O evento iniciou-se na segunda - feira do dia 04/07 com a Missa Solene de abertura ás 19h30min presidida pelo Vice reitor do Seminário Pe. Dezenilton e concelebrada pelos padres Savio, André, Natal e Rafhael. As equipes foram divididas pelas cores dos continentes: Branco – Europa; Vermelho – América; Verde – África; Amarelo – Ásia e Azul – Oceania.
Na terça-feira dia 05/07, laudes às 7hs logo após o café e em seguida os trabalhos, com a temática – Espiritualidade Missionária do Seminarista Diocesano – ministrada pelo padre Dalmo da Arquidiocese da Paraíba. Que destacou em sua palestra que “o seminarista deve nortear-se pela obediência e entrega de si mesmo”, “sua vocação deve ser Cristológica, a vocação pelos pobres não é o eixo da vocação do seminarista”. À tarde padre Cristiano (Missionário na Amazônia) contou um pouco de sua experiência como missionário na Amazônia mostrando algumas fotos das comunidades que cuida e a realidade das mesmas e ainda as dificuldades e diferenças de realidade da Igreja com o crescimento das igrejas evangélicas. Em seguida Dom Jaime, bispo daquela diocese, fez uma pequena palestra falando um pouco de sua experiência quando seminarista e depois de padre no Rio Grande do Norte, das dificuldades e conquistas que teve. À noite ás 18h Santa Missa presidida pelo Bispo diocesano de Campina Grande, D. Jaime Viera Rocha, e concelebrada pelos padres Sávio, André, Natal, Cristiano e Rafhael.
Na quarta-feira dia 06/07, Santa Missa com laudes presidida pelo padre Natal do Pime. Às 08h15min iniciou a 2ª temática – A Formação Intelectual do Seminarista Missionário – ministrada pelo Padre André Vital, SCJ. Utilizando como base na sua palestra o documento 93 da CNBB padre André mostrou claramente como é importante a intelectualidade no seminarista missionário. E apresentou os cinco Pilares da Formação: Aprender: 1. A conhecer e a pensar; 2. A fazer; 3. A viver juntos (conviver); 4. A ser; 5. A discernir a vontade de Deus.

À noite ás 19h30min momento cultural com jantar, o momento de lazer foi iniciado pela Professora Msa. Eneida Maracajá, Secretária de Cultura da Prefeitura Municipal de Campina Grande. Em sua exposição, Eneida falou sobre a utilização da arte para as evangelizações missionárias. Ela que é a idealizadora do projeto Cultura no Presídio, o qual trabalha em sincronia com a Pastoral Carcerária da Diocese de Campina Grande, testemunhou sobre sua experiência junto aos encarcerados. “A arte, em suas mais diversas expressões, também é um forte aliado na evangelização missionária. Todos os seminários deveriam, em sua formação, incentivar os seus estudantes para a aplicação desta ferramenta tão eficaz”, declarou a professora. Após os seminaristas mostram através de danças, pratos típicos, vídeos de pontos turísticos a cultura de seus estados.
As atividades da manhã de quinta-feira dia 07/07 começaram sob a responsabilidade de Padre Sávio Corinaldesi e Padre André Luiz Negreiros, Secretários das Pontifícias Obras Missionárias, com a temática - A Organização Missionária do Seminário. Padre Sávio destacou a importância de que, cada seminarista, padre ou religioso, tenha a consciência de não querer estar preso a uma localidade específica, onde possa favorecer apenas a si mesmo, mas que esteja disponível para ir onde seja mais necessário. “Os seminaristas e padres não pertencem a uma diocese, pertencem ao mundo, ao chamado de Jesus Cristo para a sua missão”, afirmou. Apresentou dados preocupantes para a Igreja, uma delas a Amazônia, o crescimento dos evangélicos naquela região e os desafios da Igreja em levar a muitas pessoas a Cristo. Padre André Negreiro, destacou e insistiu na importância da formação do COMISE (Conselho Missionário dos Seminários) para que de fato possa existir no seminário a consciência missionária. Também apresentou os materiais que a POM (Pontifícias Obras Missionárias) dispõem.
Na sexta-feira os representantes dos nove estados do Nordeste retornam para as suas cidades. O dia começou com a missa de encerramento presidida pelo Pe. Sávio Corinaldesi. Logo após a missa, ainda paramentados, todos se dirigiram para o claustro para a apresentação da placa em homenagem a todos que participaram na construção e realização do IV FORMISE.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

140 caracteres de amor!


É fato que nosso mundo é carente. Temos milhares de canais para estarmos ligados full time aos amigos e ainda criarmos novas amizades, encontrarmos pessoas com interesses em comum e criarmos vínculos com elas.
Mas, por tanta possibilidade de comunicação, a solidão pode doer mais. Afinal, está tudo ali. Quem quiser falar conosco não vai deixar de fazê-lo por falta de oportunidade: direct messages no twitter, mensagens no celular, facebook, menções nas 459 mil redes sociais que participamos, um comentário naquela foto, no blog, isso sem falar nos quase defasados e-mails.
E, de repente, naquela manhã solitária você decide conferir esses inúmeros canais e… nada. Nada. Nem mesmo respostas àquilo que você enviou em busca de um contato, de um carinho, de um calor que chega através de palavras digitadas rapidamente. Você pode até não ter pedido com todas as letras: “me abrace, estou só”, mas quantas vezes não pedimos isso indiretamente? Quantas piadas no twitter não são feitas em busca de companhia, quantos temas polêmicos não são levantados apenas para obter respostas e ter a sensação de não estar só? Quantos milhões de blogs não possuem milhões de textos como este que, apesar da reflexão pseudo-antropológica, são nada mais, nada menos que gritos de socorro?
Não que eu tenha exatamente do que reclamar. Tenho lá meus muitos seguidores, sou mencionada todos os dias, possuo leitores fiéis aqui e nos outros blogs. Sou grata mesmo a web pelas pessoas que encontrei, que se tornaram grandes amigos, pela oportunidade de dar vazão aos meus sentimentos-bobeiras-desejos, pelos trabalhos que já consegui através de contatos via redes sociais, pelo emprego que tenho hoje e tanta coisa que se eu for enumerar daria uma lista bem longa.
Mas às vezes em meio a esse mar de conexões você não se sente como se estivesse em uma festa ruidosa, com muito barulho, gargalhadas, amizades eternas que duram poucas horas? Aí depois de muito twittar, muito blogar, muito gritar na websfera você volta pra “casa” sozinho. Ansiando por mais 140 caracteres de amor.
Por Juliana Dacoregio

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Toquinho e seus 65 anos

Antonio Pecci Filho (toquinho) nasceu em 1946 no bairro do Bom Retiro, em São Paulo e ainda jovem começou a ter aulas de violão. Sua familiaridade com o instrumento o levou a fazer da música uma profissão e ele começou a se apresentar na década de 60. Daí para formar parcerias com grandes nomes da cultura nacional foi um passo: Vinícius de Moraes, Chico Buarque e Jorge Benjor são apenas alguns. Hoje, Antonio Pecci Filho, mais conhecido como Toquinho, apelido que recebeu da mãe, completa 65 anos. 


quinta-feira, 30 de junho de 2011

Missa e ofício marcam um ano de saudades do Seminarista Mario Dayvit

A Paróquia São José e São Pantaleão, o Seminário de Teologia convidam voce e sua comunidade para a celebração de um ano da partida de Mario Dayvit que se realizará no dia 04 de julho as 19:00hs na Igreja de São Pantaleão - centro.

Pela manhã, acontecerá no tumulo a oração do Ofício Divino das comunidades - Ofício dos fiéis defuntos - e as 18:30hs o terço da paz motivado pelos seminaristas. 
Logo em seguida acontecerá a celebração da Eucaristia.

Contamos com sua presença para mais este momento de fé e piedade cristã.